Há muitas formas de sofrimento.
Há muitas formas de fazer sofrer.
Há inúmeras formas de viver e de morrer.
Tanto num, como noutro caso, pode-se dividir essas formas em duas grandes: a lenta, e a rápida.
Em Portugal, a lenta é a que define os seus filhos: no viver, no sofrer, no amar, no odiar e no morrer.
A velocidade lenta acaba por ser uma característica das pessoas que por cá vivem e nasceram. A generalidade dos seres humanos a que chamamamos de portugueses é causa e efeito desta característica intrínseca à tribo. Duma forma inesgotável e, aparentemente, incontornável, sempre, no fim das coisas, todos acabam por ser beneficiários e vítimas da lentidão programática dos portugueses.
Há muitas formas de fazer sofrer.
Há inúmeras formas de viver e de morrer.
Tanto num, como noutro caso, pode-se dividir essas formas em duas grandes: a lenta, e a rápida.
Em Portugal, a lenta é a que define os seus filhos: no viver, no sofrer, no amar, no odiar e no morrer.
A velocidade lenta acaba por ser uma característica das pessoas que por cá vivem e nasceram. A generalidade dos seres humanos a que chamamamos de portugueses é causa e efeito desta característica intrínseca à tribo. Duma forma inesgotável e, aparentemente, incontornável, sempre, no fim das coisas, todos acabam por ser beneficiários e vítimas da lentidão programática dos portugueses.
O imenso remoínho temporal em que todos imergem é uma inevitabilidade civilizacional e vivencial, que há muito transforma o Devir colectivo numa fatalidade geralmente aceite e, não raras vezes, assumida como distintivo orgulhoso, na paranóia medíocre em que vivem estes portugueses entre si, e na relação que têm com o mundo.
O mau, o feio, o medíocre, a incompetência, a falta de sentido de responsabilidade, a ausência de critério, a mesquinhez e a inveja congénitas ao viver colectivo, o orgulho na ignorância dos simples, o refúgio na religiosidade da verdade única e indiscutivel, o sopro da ilusão fugaz que se abraça com o mesmo vigor que a desilusão momentânea --- tudo serve de desculpabilização permanente para o longo torpor de um povo que sabe que está mal há muito tempo;
que nada faz para se endireitar e caminhar pelos seus proprios pés;
tal como um animal adulto precisa de fazer, sabendo que disso depende a sua sobrevivência.
HOJE, 13 DE MAIO, é uma dessas datas que ajudam a definir coisas, neste caso, um povo. Hoje, servidos pela grande coligação da comunicação social, assiste-se a mais um pico do esforço que a élite que comanda e oprime este país tem feito para continuar a estupidificar o "pobão", para mantê-lo nos limites estreitos e controlados das verdades indiscutíveis, servidas com a dose certa de medo camuflado em ignorância, de ignorância camuflada em fé, e da fé camuflada em estupidez básica.
Nestes dias, a telenovelas têm finalmente a suprema justificação; os bandidos que nos governam, o circo do populismo e do "respeito" pela fé (alheia); o SIS, entra de férias por tres dias...O desfile miserável da miséria alheia, o desgosto de viver neste lugar, com a promessa odiosa de que, após a morte, algo de bom será pago como recompensa pelos cretinos que todos tivemos que aturar, lentamente, toda a nossa vida passada neste ermo.
Hoje, para este ser humano, é mais um dia triste.
Miserável, pelo desfile indecoroso, orgulhoso e desvergonhado, da miséria alheia.
Pornografia? Sim, mas eu prefiro da outra, daquela que não nos servem nunca, e que tem mais a ver com a vida e com o real.
Porque não vão todos estes bandidos para fátima? Fiquem lá, para sempre!
Labels: apocalipse
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