Ouso proclamar a minha descrença
Apesar das notícias que "legitimizam" a importância, a grandeza e a perigosidade para o sistema do Protesto da Geração à Rasca, estou convicto de que não é, ainda, esta a movimentação, ou as pessoas que darão origem ao movimento necessário à limpeza desta classe política, e à implementação de políticas dirigidas à maioria das pessoas, ao império da Justiça e do Direito, ao encarceramento dos criminosos, corruptos, assassinos e traficantes de todos os géneros.
Movimentações como as que se preparam para hoje são comida para gato para o Poder, devidamente educadas e respeitadoras para com o status-quo existente, em que se apressam a dizer que "...não lhes cabe pedir a demissão da classe política...", "...demarcando-se de toda e qualquer violência...", esquecendo ou ignorando o papel da violência através da História, inclusivé na formação daquilo em que vivem, i.e., nesta "democracia" vigiada, de fachada, representada pela nulidade que dá pelo nome de cavaco e por um imenso cínico-mentiroso de nome sócrates, numa palavra: mínima.
Esta democracia mínima está, obviamente, assustada porque toda e qualquer movimentação de massas a assusta, particularmente num momento em que os exemplos abundam, e porque não há pão para atirar à turba neste circo que é Portugal; no entanto, não é a educada, ordeira e "respeitadora" manifestação que mudará coisa alguma para gerações que pouco ou nada têm arriscado.
O risco fala do empenho.
E só é a sério quando houver sangue.
Labels: apocalipse, pensar e agir
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