O suicídio de Dimitris Christoulas
Estas palavras escritas por um homem de 77 anos que pôs termo à vida, traduzidas para português
"O governo de ocupação de 'Tsolakoglou' (referencia ao primeiro ministro grego que durante a guerra, em 1941, colaborou com a ocupação nazi do país) aniquilou qualquer possibilidade de sobrevivência para mim, baseada em uma aposentadoria digna que paguei por minha conta sem nenhuma ajuda do Estado, durante 35 anos. Dado que a minha idade avançada não me permite recorrer à força - embora se um grego empunhasse uma Kalashnikov, eu seria o segundo a fazê-lo -, não me restou qualquer outra solução para um final digno, antes de ser obrigado a buscar comida no lixo. Tenho fé que um dia os jovens sem futuro se erguerão em armas e na praça Sintagma pendurarão os traidores da nação, tal como os italianos fizeram com Mussolini em 1945"
e para os portugueses de hoje , em Portugal, deverá ser lido assim:
Nós,
os que tendo trabalhado e descontado para a segurança social, nos termos de um contracto social que nenhum governo renegou até aos actos unilaterais que este e o anterior cometeram no sentido de nos espoliar dos direitos e garantias pelas quais trabalhamos e vivemos dentro da Lei vigente,
nós não nos suicidaremos mas, antes, consideramos desde já pessoalmente responsáveis todos os decisores políticos, e todos os membros de qualquer órgão de fiscalização que, por acção e/ou omissão, permitiram danos irreparáveis à Vida e à justiça de cidadãos perante o poder-de-estado que torne possível a miséria social que se avizinha.
Assim,
à declaração de guerra que os governos fazem e continuam a fazer aos cidadãos, tentando inclusivé criar um conflito artificial de gerações, instilando ódio e desconfiança dos "novos" aos "velhos" como se sugerissem que é preciso despedir, internar, matar e "suicidar" os mais velhos para arranjar ums empregos mal pagos, sem direitos, sem horas ou duração para os mais novos (ver moção da JSD ao recente congresso do PSD...), promovendo a "desforra" que procuram desde o 25 de Abril de 1974 e às conquistas sociais que aos pobres e aos trabalhadores foram reconhecidas,
Nós, tenhamos a idade que tivermos, mataremos quem pudermos.
É preciso dizê-lo em voz alta:
Tocas na minha pensão, levas.
Tocas na minha casa, levas.
Tocas no meu salário, levas.
Tocas no meu emprego, levas
Tocas na minha liberdade, levas, e levas e levas!
só se vive uma vez. só se morre uma vez.
Que não seja de joelhos!!!
Labels: pensar e agir
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