2016-12-31

Termina um ano...começa outro. E depois?...


O nascimento de algo é sempre a promessa de um reinício num ciclo muitas vezes imprevisível, mas necessário para que a Máquina continue a funcionar, na caminhada para um objectivo que ninguém, à parte os iluminados das várias religiões que estão por aí à venda, consegue determinar.
Aos filósofos e aos poetas a tentativa de uma Razão metafísica, aos artistas a pulsão de uma busca pela intuição, a criatividade, o talento em ver para além do factual não-religioso.
Aos ratos restantes que constituem a humanidade (A agressão:uma história natural do Mal, de Konrad Lorenz) não resta mais do que a escolha de uma das "verdades" que lhe convém, ou a que consegue aceder em inteligência ou condição. À distância, parecemos ratos perdidos que se matam e comem furiosamente, sem sentido, com violência assassina, destruidores inconscientes da sua própria casa...indiferentes ao resultado da marcha para nenhures...

Esta barreira invisível que é a passagem de um ano de um dos calendários que o homem impôs à marca histórica da sua passagem pelo planeta é Nada; só serve para renovar esperanças vãs, exorcizar os próprios fantasmas que sempre atormentarão a humanidade e, desgraçadamente, todas as outras formas de vida que a ela estão subjugadas: no último século, o homem extinguiu milhares de espécies a um ritmo que ultrapassa em genocídio o que a Natureza fez em milhares de anos, sem que isso pareça aborrecer a maior parte da rataria, empenhada em "sobreviver", em ser próspero, em enriquecer obscenamente à custa do mundo todo.

Felizmente que há o nuclear.
O nuclear é a última esperança de redenção do ser-humano, enquanto instrumento colectivo de redenção pelo suicídio. À falta de melhor, teremos ratos como Trump, Putin, Netaniahu e outros para premir o início do reinício.

Como naquela canção de Morrisey "Everyday is like Sunday"...


QUE VENHA, SE NÃO GOSTARMOS DOS NOSSOS FILHOS E DO FUTURO!

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