2007-06-20

MAIS UMA VEZ...







Em Janeiro de 2006, o HAMAS venceu as eleições para o governo da Palestina, em que ninguém duvidou da legitimidade do voto popular.
Apesar disso, não agradou à coligação dos interesses dominantes, EUA/ISRAEL/UE. De facto, são imensas as citações que se podem retirar desde esse acontecimento, como a declarada vontade de tudo fazer para retirar legitimidade ao exercício livre de governo, boicotando-o e aos palestinianos, na arena internacional e no próprio país. Como agora disse Robert Fisk, no Independent, "...quiseram que eles fizessem eleições, fizeram: era suposto que votassem na liderança corrupta da Fatah, mas escolheram o Hamas, que não reconhece Israel...".
Pois é, a democracia só é boa quando "eu" ganho...
Desde aquela data tudo foi feito para os esmagar economicamente, para os provocar política e militarmente, para os desgastar aos olhos de quem neles votou, por forma a espalhar o desalento, o medo, a resignação, o sentimento de desgraça. Também já vi isto noutros lados: no Chile de Allende, no Portugal pós-25 de Abril, no Congo de Patrice Lumumba, na Itália pós-2ª guerra mundial, para não ir mais longe.
A um povo injustiçado e desesperado nada é oferecido, tudo é apontado por outrém, pelos de sempre --- pelos poderes unidos na manutenção dos caldos que fizeram.
Nem que para isso tenha que correr todo o sangue do mundo, enquanto os deixarem.
Encontrarão sempre lacaios para fazer o trabalho sujo. Pinochet ontem, Abbas hoje.
A Suiça é já ali.




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