2007-05-12

NOVENTA... E 9.0 PORQUE NÃO?


Em 13 de Maio de 1917 o portugalinho foi brindado com mais uma manifestação de prestidigitação espiritual para os pobres de espírito, para os medrosos da vida, da parte dos desesperados do sistema social da época, enquadrados pela única instituição que, em Portugal e desde a fundação do país como nação independente, manipula, mistifica, controla e destrói o ânimo vital de todo um povo que nunca foi verdadeiramente independente e adulto: a igreja católica apostólica romana.
Essa manifestação de horror ao vazio, ao desconhecido quotidiano, foi sempre superiormente dirigida pela hierarquia desse partido político que é a igreja católica, num esforço até agora conseguido de estupidificação de massas que, consoante a circunstância política, tem dado muito jeito aos variados poderes que se têm sucedido desde então.
A forma acrítica como a comunicação social deste paísinho se curva perante o "fenómeno" já só envergonha quem sabe desde a primeira hora que o rei vai nú, mas não aos ditos "profissionais" da TV e da Rádio, dos jornais e revistas que alimentam o caminho das ovelhas, e dele se alimentam e contam perpetuar.
Desta forma, tudo parece fazer sentido:
a pobreza, do corpo e do espírito;
a ignorância e a estupidez, mães do MEDO ancestral vergonhoso que grassa neste país há séculos perante o desconhecido;
o atraso endémico de um grupo de pessoas e de famílias que não se conseguem enquadrar no sentido de todos os progressos europeus, excepto no que toca à promoção da prostituição, da droga, do alcoolismo, da pedofilia e da mais vergonhosa mariquice;
a inimputabilidade de todos os monstros com poder e/ou dinheiro;
a corrupção de todos, pela parte.
O maior inimigo do Povo Português está dentro de si há demasiado tempo. Mina-o constantemente, mesmo quando parece defender "valores morais" (como no caso da lei de despenalização do aborto), permanecendo inabalavelmente do lado dos poderosos de todas as épocas, fazendo juz à sua origem: a manutenção do controle das ovelhas para que elas se movam quando mandadas pelos pastores!
Os "pobres" que se dirigem a fátima nesta e noutras ocasiões procuram o quê? Uma resposta, uma justificação, um alento, uma ilusão? Uma dádiva, uma consolação?
E deixam lá o quê?
Dinheiro. Muito...
Recebem sempre a ilusão que abraçaram desde o início, a de que fazem parte dum grupo de gente impotente e que não se quer, ou sabe, salvar.
Gente preguiçosa e indulgente, esta. Nada merece que as faça felizes, porque não buscam a Salvação: apenas a justificação para a sua cobardia perante a vida, e a preguiça de que são feitos.
Pessoalmente, não choraria uma lágrima por uma das "almas" que lá se vão encontrar por estes dias se um 9.0 ocorrese com epicentro no "santuário".
Que o céu lhes fosse pesado suficientemente para deles fazer "santos"!

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