Ainda não começou, e a Cimeira dos Natos já faz vítimas; a primeira é a Liberdade, pura e dura: de circulação, de reunião, de manifestação --- e não apenas na zona da Expo, ou em Lisboa.
Veja-se:
"A NATO mostrou a sua verdadeira democracia. Um dos nossos colegas não foi admitido no país", acusou hoje em conferência de imprensa Reiner Braun, co-presidente do Comité de Coordenação Internacional (ICC), que engloba 650 organizações pacifistas de mais de 30 países, a propósito da recusa por parte das autoridades portuguesas de deixarem entrar no país o célebre
activista antimilitarista alemão Lucas Wirl.
"
Ele foi considerado como ‘uma pessoa de risco para a ordem pública', por ter consigo, entre outras coisas, os planos da contra-cimeira que vamos realizar em Lisboa. Isso é um motivo válido para não deixar entrar um advogado e activista que nunca realizou nenhum acto violento?", questionou Braun, durante uma conferência de imprensa que teve lugar esta manhã na capital portuguesa.
A ICC revelou ainda que houve
mais dois casos, um de um grupo de 35 activistas finlandeses da União dos Objectores de Consciência da Finlândia, e outro de dois militantes espanhóis, a quem também foi recusada a entrada, na fronteira em Badajoz.
"O elemento masculino foi submetido a uma inspecção de corpo inteiro, e a mulher que estava com ele só não foi alvo do mesmo tratamento porque a polícia não dispunha no local de uma agente feminina", indignou-se Andreas Speck, elemento da ‘War Resistance International', presente no mesmo evento.
"Estas medidas profundamente anti-democráticas mostram uma vez mais que
a guerra como um instrumento de assuntos internacionais leva sempre à demolição interna da Democracia", afirmaram os elementos da ICC.
Estes responsáveis afirmaram que "a sociedade civil não está a poder exprimir o seu ponto de vista. Isto é completamente inaceitável".
Não parece haver problema nenhum para as almas que dormem profundamente neste gulag capitalista, abençoados pela senhora, pelo senhor e por todos os filhos; não percebem quanto isto os coloca novamente no sítio em que estavam há 36 anos e meio atrás e de que, hipocritamente, se queixam em dias de festa.
Dormem profundamente na sua caverninha, esperando que o Mal nunca os encontre, nunca os toque ou fira.
Esquecem, ou ignoram, que o Mal são eles, os que se calam, os que se acobardam, os que confiam na raposa para guardar as ovelhas.
Ao ver e sofrer o bombardeamento diário das forças que manobram este povo para o conformismo absoluto, às vãs demonstrações de força irreal e bacôca das fardas que nunca ganharam uma guerra, da parafernália moderna que têem à disposição, dá mesmo vontade de lá ir. E de os testar...a valer.
Ir lá, e partir aquilo tudo, que é o que os fascistas merecem.
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