11 DE SETEMBRO: 1973 - 2001 - 2015

Neste dia, em 1973, os fascistas imperais dos Estados Unidos dos Assassinos, com a diligente e canina colaboração dos fascistas domésticos do Chile, fizeram o assalto final ao poder democrático do governo legítimo de Salvador Allende, levando a morte, exílio, a prisão e a tortura a mais de 40.000 chilenos, que ousaram desafiar as famílias senhoriais da elite herdeira dos colonos espanhóis, que dominavao país em todas as instâncias de poder. A CIA foi o instrumento, as mãos foram as de nazi-fascistas que não menciono por respeito aos ofendidos, o pôvo que lutou por um futuro independente e soberano.

A Besta, essa, tem um nome: Richard Nixon. A propósito, relembre-se o que disse dele e do golpe fascista, um senador americano:

"Like Caesar peering into the colonies from distant Rome, Nixon said the choice of government by the Chileans was unacceptable to the president of the United States. The attitude in the White House seemed to be, "If in the wake of Vietnam I can no longer send in the Marines, then I will send in the CIA." —Senator Frank Church, 1976

Neste dia, em 2001, um grupo de comandos civis, militantes da causa de Ossama Bin-Laden, atacou o império no seu coração, levando o terror à nação que mais guerras e golpes de estado em países estrangeiros patrocinou na História da humanidade, ele que foi formado pela CIA em insurgência e terrorismo, ele que lutou consequentemente pela retirada de bases e tropas estrangeiras dos territórios árabes e muçulmanos, numa afirmação de patriotismo que pôs em sentido o Ocidente que esmifra o médio-oriente dos seus recursos mais importantes, mantendo e apoiando para isso governos brutais, ditatoriais, retrógrados e assassinos, a marca do imperialismo ianque e britânico.

O número de mortos não chegou a 3.000, mas a propaganda ianque, e dos seus cães fiéis, continua a falar dos acontecimentos como se ali tivesse tido lugar o armaguedão.

Neste dia, hoje, temos a maior crise de refugiados na Europa desde o fim da 2ª guerra mundial, a que se podem juntar mais de 4 milhões de pessoas para além daquelas que já estão em solo europeu ou em trânsito, por via de uma coisa peçonhenta chamada de ISIS, ou dito estado, dito islâmico (dedi), que é o culminar de outra acção terrorista dos facínoras que governam o império ianque, e que foi a invasão do Iraque em 2003, como pretensa acção na guerra ao terrorismo, e como acção preventiva para a destruição de armas de destruição maciça...que nunca foram encontradas.

A destruição de um estado que era um dos mais progressivos socialmente, transformou as mulheres iraquianas em escravas do seu senhor, escravas dentro e fora de casa, afastadas do trabalho enquanto sobrevivência e afirmação pessoal, num retrocesso de séculos; a educação das crianças iraquianas é hoje praticamente inexistente para além do estudo da bíblia, perdão, do corão, estando a produzir mais gerações de revoltados cegos à razão, fanáticos sangrentos e impiedosos, assassinos de crianças, mulheres e homens, gente de qualquer situação étnica, social, religiosa, em que a diferença é castigada pela violação e pela morte.

Este bando de nazis, armado directa e indirectamente pelos mesmos que dizem que o combatem, destroem hoje dois países, ou o que resta deles, principalmente porque A CAIXA DE PANDORA FOI ABERTA PELOS IANQUES na ânsia de controlar o trânsito do petróleo e dos seus lucros fabulosos, da defesa e salvação dos seus cães fiéis na região, e da salvação e estacionamento perene do seu porta-aviões terrestre conhecido pelo nome de Israel.

Este é o rosto do resultado dos actos e omissões da civilização ocidental, a tal que reivindica superioridades morais e humanísticas perante outras culturas: a civilização que hoje bate em refugiados, que calcula, debate e discute quotas de asilo, esquecendo os triliões que sacou daquelas paragens, e dos triliões que destruiu em bens e vidas para manter o privilégio de os roubar.

Para ícone, é muito pobre...

(ah, os telejornais de hoje esqueceram o 11/09/1973...porque será???)

SEM PALAVRAS. SEM SOLUÇÃO?

TEM QUE HAVER UMA SOLUÇÃO, que seja em primeiro lugar solidária com quem sofre, com quem sofreu o inimaginável na sua terra de origem, com humanidade e com a compreensão do facto que um dia são estes e amanhã podemos ser nós.

Ninguém está a salvo do terror, da tragédia e do imprevisto. Ninguém deve ter coração de aço, ou palavras de desprezo pelo Outro. Seja qual for a sua origem, étnica ou qualquer outra e, muito menos, pela sua religião.

Se existisse um deus, que lhe diríamos nós? E que diria ele de nós, caso voltássemos as cabeças aos nossos IRMÃOS?